Virgínia Assunção: Poema ‘Crepúsculo do amor’


No entardecer da nossa história
Quando o Sol já não ilumina mais,
Os nossos belos dias de resplendor
Dissolvem-se em sombras, sem paz.
Foi um lindo amor juvenil
Cheio de promessas a florir,
Mas o tempo, como o vento, leva
Os sonhos como poeira a esvair.
O calor dos abraços já esfriou,
E o riso, que antes nos fazia gargalhar,
Hoje é um vestígio da alegria que se foi
Uma dor na carne rasgando, a queimar.
Os olhares que antes brilhavam
Tornaram-se nuvens a vagar,
E os laços que nos uniram um dia
Desfazem-se como borbulhas no ar.
Não é culpa, nem falha de ninguém,
O tempo tem suas formas de ensinar:
Que mesmo o mais belo dos amores
Pode um dia, de repente, findar.
Guardaremos as memórias com ternura,
Como quem guarda tesouros escondidos,
Seguindo nossos caminhos separados,
Pelas incompatibilidades, vencidos.
Virgínia Assunção
- Acróstico ao meu filho amado - 4 de fevereiro de 2025
- Crepúsculo do amor - 29 de janeiro de 2025
- Labirinto - 24 de janeiro de 2025

Maria Virgínia de Assunção Feitosa Gomes, natural de Maceió/AL, residente há muitos anos em Aracaju/SE. É Professora licenciada em Letras Português/Francês; licenciada em Pedagogia e Jornalista. Pós-graduada em Língua Portuguesa e Literatura e em Psicopedagogia Institucional e Clínica. Dr. H.C. em Educação. Possui vários cursos de formação complementar na área de educação. É escritora e poetisa. Membro fundadora e presidente da AFLAS – Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe; membro fundadora da AMS – Academia Virtual Municipalista de Sergipe; membro efetiva da ALCS – Academia Literocultural de Sergipe; membro correspondente da FEBACLA, Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes. Membro do Movimento Cultural Antônio Garcia Filho da ASL – Academia Sergipana de Letras.
Seu poema, Virgínia, expressa, infelizmente, o fim de quase todos os casais. A rotina diária, em particular, é uma das grandes causas erosivas dessa situação.
MUITO NOM