Ella Dominici
‘Uma existência sem duração e a arte como ilusão’


às 16:06 PM
Para que serve a Arte?
Nos dar breve, mas fulgurante
Ilusão de camélia
Na brecha emocional
Irredutível à lógica animal
Como então nasce a Arte?
Da alegria em flor do espírito
De esculpir lamelas da alma
Em campo infinito do sensorial
O que faz por nós a Arte?
Dá forma e torna visíveis
Metamorfose aos tumultos
E tédios da vida
Sossego a esta corrida vã e
Incessante e aos passos insensíveis
Onde se acha a Arte?
Debruçada nas letras liter-artes
Em cores e tintas das obras
Encarnando a universalidade
Dos afetos humanos e no momento suspenso arrancado do tempo:
na eternidade
Ella Dominici
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Natural de São Paulo (SP), é endodontista por profissão e formada no curso superior de Língua e literatura francesa. Uma profissional que optou por uma ciência da área da saúde, mas que desde a infância se mostrava questionadora e talentosa na Arte da Escrita, suscitando da parte de um mestre visionário a afirmação de ela ser uma escritora nata, que deveria valorizar o dom que recebera. Atendendo ao conselho recebido, na maturidade Ella cumpre o vaticínio e lança o primeiro livro solo de poemas (Mar Germinal), rompendo com a escrita meramente contemplativa, abraçando fragmentos, incertezas e dualidades para escancarar oportunidades a si como ao outro. Dribla o autoritário tempo, flagra mazelas psicológicas em minúsculas e múltiplas impressões exteriores e internas. É membro da AMCL – Academia Mundial de Cultura e Acadêmica Internacional da FEBACLA. Coautora de várias antologias. Publica na Revista Internacional The Bard e se inscreveu no 8º Festival de Poetas de Lisboa, participando da antologia promovida pelo evento
Você descreveu a arte, Ella, como botões de flores se abrindo, presenteando o mundo com cores e aromas para a visão e o olfato de quem a elas se assemelham!.
As camélia são em ‘breve floração’ mas reaparecem em nossos cuidados e emoções!
Obrigada pelo generoso comentário de amor à Poesia! gratissima, digno Sérgio Diniz!
No livro “A elegância do ouriço” tem exatamente como você descreve na primeira parte. É de algum autor?