Julián Alberto Guillén López: Poema ‘Partenope’


às 17:28 PM
Você cura a lepra,
oh, minha senhora,
causando espasmos
na face das águas.
Você é como um anjo
que desce
com rosto luminoso
às ondas inquietas
da margem do lago.
Você cura as doenças mais mortais,
aflições
como o tédio.
Em seu odre, meu amor,
você carrega o remédio mais doce.
Minha Partenope,
dentro de você você guarda
a energia sagrada
da Natureza.
Tudo em você
é um exercício
de harmonia.
Seus lábios são estrelas
e sua voz uma amostra profunda
de melodia.
Eu me enraizo em você
para curar minha alma.
Só você tem
essa panaceia.
A chave
para remodelar
os cômodos
do meu coração.
Senhora do Lago
se você olhar para mim
a névoa se dissipa
e eu caio em êxtase completo.
Pura beleza,
pedra fundamental.
Com seu caduceu
você move as células mortas
para uma nova virtude.
Minha Flora,
seu rosto
é o rosto da primavera.
O amanhecer surge em minha vida
quando você chega.
A ampulheta
regenera seus grãos
de areia.
Encarna em mim mais uma vez
uma atitude mais otimista
porque você é
a representação mais fiel
da vida.
Julián Alberto Guillén López
- Fiat voluntas mihi - 25 de setembro de 2025
- Partenope - 29 de julho de 2025
- Desenterrar o poético - 17 de março de 2025
É natural de Minatitlán, Veracruz, e atualmente residente em Aguascalientes, México. Um poeta precoce que, aos 12 anos, na escola conquistou vários lugares em ortografia, além de um terceiro e segundo lugar em um concurso literário regional. Está na fase final de elaboração do primeiro livro de poesia (Cornucopia), no qual faz um percurso pelas diferentes etapas da poesia. Tem participação em diversas revistas literárias virtuais, dentre as quais: Revista Azahar, Revista Esta Terra e a Revista Escritores do Círculo Literário, sendo coautor de coletivos de Arte e Literatura. É presidente da filial em Aguascalientes

