Escrevo porque escrevo
Escrevo porque escrevo,
Que em mim há sentimentos
Que despejá-los eu devo,
É para a alma o acalento.
Todos meus versos e afins
Em noites de terna insônia
São rosáceas e jasmins,
Meus jardins da babilônia.
Num caderno ou no teclado
Transmudo em letras problemas,
Que em meus dias fatigados
Eu transpasso pros poemas.
Eu rabisco num papel
Meu silencioso grito,
Minha caneta é cinzel
Numa pedra de granito.
Que transforma a saudade
De uma noite mal dormida,
No que foi melhor idade,
Os vergéis da minha vida.
Antônio Fernandes do Rêgo
afergo@yahoo.com.br
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