Ivete Rosa de Souza: Poema ‘Revolução’
Minha alma anda cansada de resistir ao tempo
Deixou no meio da estrada seu orgulho, seu tormento
Amou demais e, confusa, deixou de acreditar
Tudo que queria era viver, sem perder, sem chorar
Encontrou pedras, mas com paciência tentou construir
Paredes, casas, castelos, tudo enfim veio a ruir
Sem ter teto ou abrigo, deixou que o tempo voasse
Não foi com ele, ficou, como se a empatasse
A dor do que não conquistou,
Revoltada, viu nos tropeços, pedaços e recomeços
De tudo o que não viveu,
O para sempre da espera revelou que é quimera
O legado de amar, não vale a pena sofrer
Por um amor que já morreu, antes mesmo de viver.
Ivete Rosa de Souza
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Natural de Santo André (SP) e ex-policial militar, é uma devoradora de livros. Por ser leitora voraz, para ela, escrever é um ato natural, tendo desenvolvido o hábito da escrita desde menina, uma vez que a família a incentivava e os livros eram o seu presente preferido. Leu, praticamente, todos os autores clássicos brasileiros. Na escola, incentivada por professores, participou de vários concursos, sendo premiada – com todos os volumes de Enciclopédia Barsa – por poesias sobre a Independência do Brasil e a Apollo 11. E chegou, inclusive, a participar de peças escolares ajudando na construção de textos. Na fase adulta, seus primeiros trabalhos foram participações em antologias de contos, pela Editora Constelação. Posteriormente, começou a escrever na plataforma online Sweek a qual promovia concursos de mini contos com temas variados, sendo que em alguns deles ficou entre os dez melhores selecionados, o que a levou à publicação do primeiro livro, Coração Adormecido (poesias), pela Editora Alarde (SP). Em 2022, lançou Ainda dá Tempo, o segundo livro de poesias, pela mesma editora.