Ivete Rosa de Souza: ‘Eu sou o que quero ser’
Eu sou
Eu sou o que quero ser
No mundo não me encaixo
Não me acho
Prepotente ou incompetente
Simplesmente sou só eu
Que o tempo convenceu
A ser como sou
Não me comparo a outros
Faço o que gosto
E quando mostro incomoda
Tem aqueles que criticam
Tem alguns que gostam
Mas ainda mostram
Que pode ser de outro jeito
No perfeito em que se encaixam
Então acham que devo mudar
De outro jeito me encaixar
Não quero não espero
Também não vou mudar
Se nem Cristo ressuscitado
Foi amado por alguns
Como posso ser perfeita?
Ser eleita e agradar?
Aos tolos incompetentes
Minha ausência posso dar
Quem critica nem explica
Acho que nem sabe o que dizer
Ou fazer, não mudo, já estou velha
Faço o que me der na telha
Os incomodados, passem folgados
Bem longe
Para não nublar meu caminho
Quando eu passar
Se não gostam, não se importam
De nem mesmo os enxergar.
Ivete Rosa de Souza
Contatos com a autora
- Deixe-me sangrar - 18 de outubro de 2024
- Pés descalços - 9 de outubro de 2024
- Lua - 2 de outubro de 2024
Natural de Santo André (SP) e ex-policial militar, é uma devoradora de livros. Por ser leitora voraz, para ela, escrever é um ato natural, tendo desenvolvido o hábito da escrita desde menina, uma vez que a família a incentivava e os livros eram o seu presente preferido. Leu, praticamente, todos os autores clássicos brasileiros. Na escola, incentivada por professores, participou de vários concursos, sendo premiada – com todos os volumes de Enciclopédia Barsa – por poesias sobre a Independência do Brasil e a Apollo 11. E chegou, inclusive, a participar de peças escolares ajudando na construção de textos. Na fase adulta, seus primeiros trabalhos foram participações em antologias de contos, pela Editora Constelação. Posteriormente, começou a escrever na plataforma online Sweek a qual promovia concursos de mini contos com temas variados, sendo que em alguns deles ficou entre os dez melhores selecionados, o que a levou à publicação do primeiro livro, Coração Adormecido (poesias), pela Editora Alarde (SP). Em 2022, lançou Ainda dá Tempo, o segundo livro de poesias, pela mesma editora.