Ivete Rosa de Souza: Poema ‘Ama-me’
Ama-me com o mesmo ardor de outros tempos
Com a mesma aura de plenitude e encanto
Não com pesar, mesmo que te acolha o pranto
De um desamor causando teus tormentos
Ama-me como um pássaro em liberdade
Refletindo nas asas os raios do sol
Num clarão de vida, meu eterno arrebol
Onde mora constante a felicidade
Não me deixes assim tão abandonada
Levanta-me das trevas, leva-me ao paraíso
Mais que tudo nesta vida, é de ti que preciso
Nada mais desejo, só quero ser tua amada
Como se eu fosse a única em tua existência
Uma semente, uma flor, pequena e indefesa
Que precisa de cuidados e as vezes surpresa
Vive por ti, e em ti, como tua consciência
Nada mais te peço, nem quero por engano
Que me ames por piedade ou mera cortesia
Pois nada mais no mundo causa mais agonia
Que um amor antes de nascido, é derrotado:
Como um ser profano!
Ivete Rosa de Souza
Contatos com a autora
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Natural de Santo André (SP) e ex-policial militar, é uma devoradora de livros. Por ser leitora voraz, para ela, escrever é um ato natural, tendo desenvolvido o hábito da escrita desde menina, uma vez que a família a incentivava e os livros eram o seu presente preferido. Leu, praticamente, todos os autores clássicos brasileiros. Na escola, incentivada por professores, participou de vários concursos, sendo premiada – com todos os volumes de Enciclopédia Barsa – por poesias sobre a Independência do Brasil e a Apollo 11. E chegou, inclusive, a participar de peças escolares ajudando na construção de textos. Na fase adulta, seus primeiros trabalhos foram participações em antologias de contos, pela Editora Constelação. Posteriormente, começou a escrever na plataforma online Sweek a qual promovia concursos de mini contos com temas variados, sendo que em alguns deles ficou entre os dez melhores selecionados, o que a levou à publicação do primeiro livro, Coração Adormecido (poesias), pela Editora Alarde (SP). Em 2022, lançou Ainda dá Tempo, o segundo livro de poesias, pela mesma editora.