Eliéser Lucena: Poema ‘Vencer também dói’
Eu não sei de onde vim
Muito menos onde isso vai dar
Só preciso seguir, nada mais
Sangue Charrua correndo solto
Ninguém disse que seria simples
Colhendo espinhos que não plantei
Descalço, andando no braseiro
Buscando o que desperta a alma
Feridas cicatrizam com o tempo
O tempo cristaliza certezas
As certezas apontam caminhos
E os caminhos trazem feridas
Não sejamos órfãos de nós mesmos
O segredo está na nossa essência
Fonte de força, potência e coragem
Acreditar é uma tarefa árdua e diária
Ainda assim, basta uma fagulha
Que traz a chama intensa
Nos conecta a um propósito
Onde somos verdade e arrojo
Talvez seja assim que se vence
Triunfo só aos que não desistem
Decerto fortificação de pilares
Fontes de sustentação ao sucesso
Resta aguardar e confiar
Cabeça erguida, é hora de criar
Mesmo sem as certezas
Apenas missão a cumprir
Não somos infalíveis
Muito menos heróis
Com muito esforço, artistas
Que se cumpra, então
Eliéser Lucena
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Eliéser Affonso Lucena é natural da cidade de Cruz Alta/RS e radicado em Brasília/DF. Na área profissional é Gestor de Projetos, CEO da Matriz Cultural – Escritório de Gestão de Projetos Culturais. Na área educacional, professor com quatro licenciaturas (Pedagogia, Música, Educação Física e História). Na área literocultural, mais conhecido como Eliéser Lucena, é músico, compositor, poeta, escritor e jornalista. Fundador da banda autoral Trupe Lendas e Canções. Concebeu, escreveu, dirige e toca em espetáculos como Seis Faces – A Trilha dos Sentimentos, A Bola Azul, Arte Louca e Arrancada, Caminhos – Viajantes de Nós e, atualmente, o musical Cássia Rejane – Muito mais que Eller. É Acadêmico Internacional da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das ciências Letras e Artes, tendo recebido desta entidade o título de Doutor Honoris Causa em Belas Artes e Música..