Eliéser Lucena: Poema ‘Vencer também dói’
Eu não sei de onde vim
Muito menos onde isso vai dar
Só preciso seguir, nada mais
Sangue Charrua correndo solto
Ninguém disse que seria simples
Colhendo espinhos que não plantei
Descalço, andando no braseiro
Buscando o que desperta a alma
Feridas cicatrizam com o tempo
O tempo cristaliza certezas
As certezas apontam caminhos
E os caminhos trazem feridas
Não sejamos órfãos de nós mesmos
O segredo está na nossa essência
Fonte de força, potência e coragem
Acreditar é uma tarefa árdua e diária
Ainda assim, basta uma fagulha
Que traz a chama intensa
Nos conecta a um propósito
Onde somos verdade e arrojo
Talvez seja assim que se vence
Triunfo só aos que não desistem
Decerto fortificação de pilares
Fontes de sustentação ao sucesso
Resta aguardar e confiar
Cabeça erguida, é hora de criar
Mesmo sem as certezas
Apenas missão a cumprir
Não somos infalíveis
Muito menos heróis
Com muito esforço, artistas
Que se cumpra, então
Eliéser Lucena
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