Paulo Siuves: Poema ‘Marcas de outrora’
Cicatrizes rasas, tatuagens da alma,
Mapas de viagens por terras revoltas.
Marcas que contam momentos errantes,
De batalhas vencidas, de dias passados.
Às vezes, como feridas abertas,
Sangram com o esbarrão da vida incerta.
Cicatrizes rasas, em silêncio profundo,
Segredos na sombra que a mente revela.
Um esbarrão causa tanta dor,
Sangram e doem, sofremos sozinhos.
Sem testemunhas das jornadas vividas,
Das lágrimas, das risadas disfarçadas.
Hoje, não machucam como outrora,
Mas ainda, em alguns momentos, sangram.
São recordações esculpidas a ferro e fogo,
Marcas da vida, um jogo, um livro, uma cura.
Paulo Siuves
Contatos com o autor
Voltar: http://www.jornalrol.com.br
Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/
- Almas e verdades - 11 de novembro de 2024
- Acordes - 21 de outubro de 2024
- A canção que nunca chega ao fim - 28 de setembro de 2024
Natural de Contagem/MG, é escritor, poeta, músico e guarda municipal, atuando na Banda de Música da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte como Flautista. É graduado em Estudos Literários pela Faculdade de Letras (FALE) da UFMG. Publicou os livros ‘O Oráculo de Greg Hobsbawn’ (2011), pela editora CBJE, e ‘Soneto e Canções’ (2020), pela Ramos Editora. Além desses, publicou contos e poemas em mais de cinquenta antologias no Brasil e no exterior.
Muito bom, contundente reflexão.
Parabéns, poeta. O poema traz as marcas, marcas que deixam no corpo as vivencias, as emoções, expressões da vida e do tempo.