Rosa púrpura

Era brasa que queimava em silêncio a pele despida. Macias pétalas de rosa púrpura. Qual em seus galhos, os espinhos eram a proteção inebriada, dissimulada…
Era brasa que queimava em silêncio a pele despida. Macias pétalas de rosa púrpura. Qual em seus galhos, os espinhos eram a proteção inebriada, dissimulada…
O que virá depois? Depois do entrar do Sol, do infinito no céu, do adormecer das flores, depois do anoitecer. O que virá depois do sim, depois da curva do…
Uma hora da madrugada – isto são horas de ficar filosofando? De ficar querendo saber o porquê das coisas? De ficar supondo sobre o que jamais, de fato, saberei?
No meio do caminho tinha uma flor. Tinha espinhos à margem do caminho. No fim do caminho tinha uma dor. Tinha saudade na brisa do mar. Tinha rastros fundos…
Em minhas mais doces memórias, ainda me vejo correndo descalça. Brincava na rua até à noite, com meus irmãos, sem preocupações, sem que meus pais temessem…