Coisa que só eu ouço
Sempre vi o frio como poesia sazonal. Ele chega devagar, no começo do outono, cortante e sussurrante — um frio que as pessoas desprezam, até que percebem
Sempre vi o frio como poesia sazonal. Ele chega devagar, no começo do outono, cortante e sussurrante — um frio que as pessoas desprezam, até que percebem
Paulo Siuves: Poema ‘Afinado com a tua ausência’ Hoje o mundo acordou em tom menor menor.Uma daquelas manhãs em que até os passarinhosparecem cantar olhando ressabiados. Abri o violão.As cordas já sabiam teu nome —foi só encostar que elas responderam,num lamento manso,quase
O escuro por dentro tem um som. Não é grito, não é lamento. É algo entre o arrastar de um arco sobre cordas velhas e o ranger de madeira em catedral vazia.
Em algum lugar, há uma nota que só você pode ouvir. Uma vibração que ressoa no silêncio do meu coração. É aí que eu a encontro, nesse lugar onde a música não…
Trago outra canção, tímida e secreta, digo, entre acordes, o que não ouso falar.
Um violão silente em minhas mãos espera, e é seu nome que faz cada corda vibrar.
Não há um só dia que eu esqueça,
seu nome ecoa nos meus pensamentos,
por todo lado, eu vejo você,
no brilho dos desejos, nas sombras do vento.
Nasce mulher, alma ao vento, carrega o peso do tormento. Promessas de igualdade, dança mentida, futuro que tropeça em memória perdida. Feminicídio ecoa no…