Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Queimadas’
Na cálida luz de trêmulas labaredas,
florestas são destruídas
pelo fogo abrasador
e nuvens de fumaça e fuligem
cobrem o céu de cinzas.
.
A natureza degrada e urge
sob a lava que devasta.
Seu corpo incendeia,
sua alma chora.
Pelas douradas janelas
do clarão das chamas,
a fauna e a flora,
gemem.
Animais espreitam apavorados,
correm com medo da morte,
enquanto alguns não resistem
a tanto furor.
A tarde emudecida,
a natureza em agonia
e o pulmão do mundo
em prantos: regougos!
Pedem socorro!
Florestas de copas altas
e frondosas
o fogo as queimou.
Resquícios,
carvão e cinzas,
transfiguraram-se
num devassado ermo.
Nada restou,
somente tristeza,
olhares em pranto
do verde panorama,
que ficou para trás.
Ceiça Rocha Cruz
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Maria da Conceição Rocha Cruz, conhecida no meio literário como Ceiça Rocha Cruz, é poetisa e escritora de Penedo/AL, funcionária pública federal/MS aposentada. Bacharela graduada em Serviço Social/UNIT Aracaju/SE. Escreve poesias desde 1999. Seu maior ideal é fazer dos sonhos o encanto. Acadêmica e comendadora Ativista da Cultura Nacional da FEBACLA. Embaixadora Imortal da Paz, comendadora da Real Ordem da Águia Dourada de Blekinge e Dra. h. c. em Direitos Humanos e Literatura da OMDDH. Acadêmica da AILAP, AIAP, AILB-FOCUS-Brasil, APLACC, AML, AMBA, AHBLA, AIEB, AICLAB e AINTE. Detentora de honrarias, prêmios e títulos. Coautora em 65 antologias poéticas. Livros solos publicados: No Silêncio da Noite, Caminho das Águas e Poemas Sob um Sol Poente.