novembro 21, 2024
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Na rua da ilusão

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Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Na rua da ilusão’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
Na rua da ilusão, nada possuem senão amargura, desamparo
Na rua da ilusão, nada possuem senão amargura, desamparo
Criador de imagens do Bing

O crepúsculo emerge soturno
perfilando o ocaso,
silencioso denota o fim do dia.

Na infecunda solitude do vento,
lágrimas no rosto da noite e nos seus.
Moradores melancólicos,
dormitam o sono da penúria,
sob sóis e chuvas,
dor e tristeza.
Indefesos,
vagueiam.

Horizontes de amargos choros
fustigam o sofrimento de cada dia,
tornam impérvias as veredas,
em busca de amor e de sustento.

Jogados à sarjeta,
cobrem-se com o luar, jornal da noite,
que não o encantam
enquanto dormem sem sonhos, tampouco
alegrias,
não sente o sofrimento que os afligem?

Nas calçadas, mãos a esmolar,
indiferentes a todos,
transeuntes dos porões
dos poderes do mundo.

Na rua da ilusão,
nada possuem
senão
amargura, desamparo.
O brilho das estrelas?
A esperança?


Ceiça Rocha Cruz


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Ceica Rocha Cruz
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