De ti…
Já pouco sei de ti… de nós já só restam fragmentos… Rasguei a tua imagem… apaguei a tua voz… Lavei os vestígios de ti na minha alma… Arrefeci o teu toque…
Já pouco sei de ti… de nós já só restam fragmentos… Rasguei a tua imagem… apaguei a tua voz… Lavei os vestígios de ti na minha alma… Arrefeci o teu toque…
Trilha de folhas caídas, pelo outono vencidas, acolhem os meus pensamentos… São os caminhos de agora, sem as delícias de outrora, onde eu sigo os passos lentos.
Estou me movimentando conforme a melodia, sincronizada com a reciprocidade, e, através dela, abraço novamente a existência sem aguardar seu término, mesmo…
Vejo rostos enfileirados, ausentes. Lábios cerrados, preocupados. A espera é angustiante… Talvez haja dores dentro de cada um. Dores físicas ou dores na alma.
Por que choras minha alma? Acaso não te acompanho em tuas andanças, em teus anseios e arroubos? Não estou presente quando choras ou quando ris? Não sou eu…
Fui o rio onde desaguou todos os mananciais. Fui a nascente em ti e a foz além de mim. Fui a tempestade que inundou os teus olhos e transbordou teu coração.
Em dezembro de um Rio outrora esplendor, nasceu um poeta, de alma e fervor: Olavo Bilac, a quem rendemos louvor, Príncipe dos Poetas, em versos de amor.