Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Princesa do rio’ Amanhece… O sol brilha!E a terra bronzeada pelo tempo,ao sabor do vento,no debruçar da manhã,desperta sorridente. O rio, eterno cantorem seus murmúrioscanta a cidade das rochasvestida de sonhos,poesias,e canções. Na montanha rochosa,e da janela aberta
Dentro do alto corpo destelhado como num estábulo, iam eretos como fósforos numa caixa; no transporte enxergavam a inundação que ia pela estrada do Sul.
Fui o rio onde desaguou todos os mananciais. Fui a nascente em ti e a foz além de mim. Fui a tempestade que inundou os teus olhos e transbordou teu coração.
Hoje acordei ao som das águas a respingar, estrelas recordadas no céu a brilhar, orvalhada de luz, corpo a perfumar, caminho secreto onde o amor nos faz sonhar.
Goblins e demônios, duendes e doentes, gatos alados e escaldados no rio ardente com cor de rubi, muita dor esnobando a bondade, que em cada subjetividade…
No silêncio da tarde, ao rumor da brisa fria, às margens do rio/mar, suntuosos coqueirais sorriem. Na sombra, o balanço da rede; e na branca areia, sonhos…
Observo o seu descansar, a serenidade do rio descendo, calmo no leito que escolheu. E as matas sentindo brisas, da tarde que vem chegando, e eu contemplativo…